“Fluxos – Água & Arte para tempos de sede” é uma produção audiovisual (produzida por uma equipe de realizadoras mulheres – ficha técnica ao final), que tem a água como eixo central e lança mão de variados elementos como dança, animação, poesia e depoimentos, aqui também com fluxo das vozes femininas. Partindo do contexto de pandemia, que evidencia as desigualdades no acesso à água, nos convida a ver além, apresentando a diversidade de significados que a água adquire para diferentes povos e culturas no Brasil.
A realização do audiovisual foi apoiada pela Diretoria de Cultura da Unicamp e exibida no dia 08 de abril. Contou com a colaboração – através de depoimentos, poesias e inspirações – de diversos coletivos, movimentos e organizações de territórios de todas regiões do país, entre eles, dos Coletivos Sementeia e Arvorecer.
“Rios voadores
Que já nascem caminhando
Sobreviverão ao estancamento de nossos diques
De nossa ânsia pelo acumulo e represar?
O princípio do homem branco pode ser mercadoria
Das mulheres continua sendo água e (a)mar
– vasto mar – metáfora do além
– rio misterioso e conhecido – metáfora do lar.
Como nunca precisamos de nascentes puras
De esperançar, de voar com nuvens, esperadas nuvens e seu derramar
Ah, as águas de março, “as águas que sempre estão por um fio”
Viveremos, mais que sobreviver, transbordaremos…
Ainda.”
(Poesia Rios Voadores – Márcia Tait)
O projeto também conta com um banco de imagens colaborativo sobre Águas, que já possui mais de 1300 fotografias.
Ficha técnica
Realizadoras: Carla Ladeira Pimentel Águas; Gabriela Marino Silva; Rosana Icassatti Corazza; Eimy Carolina Cubides Zuñiga; Erica da Cruz Novaes Gonçalves Dias; Giovana Roggeri Affonso; Marina da Silva Pires.
Parcerias: Laboratório de Tecnologia e Transformações Sociais – LABTTS/IG/Unicamp; PUC Campinas; Instituto Opaoká.