Uma população composta por lavradores sem terra, garimpeiros, madeireiros, pequenos comerciantes, aventureiros, compradores de terra, grileiros e pistoleiros, se deslocou para o sudeste do Pará na década de 70, formando um caldeirão explosivo. Gente tangida pela precisão ou pelo desejo de enriquecimento fácil foi ficando os pés, construindo os ranchos. Os tratores avançando famintos, devorando árvores, abrindo o espaço de tráfego para as boiadas, os carros e os caminhões. Alguns chegam a pé, caçando um pedaço de chão e trabalho. Outros, de avião, laçando largas extensões de terra. Os campos eram da União e deviam assentar a multidão de pobres, porém, tornaram-se propriedade privadas de uns poucos. Instaurou-se um tempo de tiroteio, despejos e anonimato. Expedito, mineiro, trabalhador, poeta partiu com a família em direção à floresta. O seu engajamento na luta social e política na região do Araguaia o levou a enfrentar ameaças de morte, orquestradas pelos fazendeiros e pistoleiros do sul do Pará. Esta é uma obra, de poesia e luta, sobre a vida de um homem que parte em busca de outros nortes.
Ficha técnica:
Direção: Aída Marques/Beto Novaes;
Direção de fotografia: Cleison Vidal;
Montagem: Luís Guimarães de Castro;
Edição de som: Carlos Cox;
Música original: Marcos Souza;
Pesquisa: Ricardo Rezende, Beto Novaes, Adonia Prado, Rosilene Alvim;
Realização: MP2 Produções, Comitê Rio Maria