Em janeiro de 2013, as famílias da Comuna da Terra Milton Santos ocuparam o INCRA durante 15 dias na tentativa de pressionar o poder público pela desapropriação da área por interesse social. Desse forma, conseguiriam reverter a ordem de despejo a ser cumprida a qualquer momento em favor da família Abdalla, antiga proprietária da área e condenada por dívidas gigantescas contraídas, sobretudo, com os trabalhadores sob sua “responsabilidade”.
Recordando: o Assentamento Milton Santos resultou de muita luta pela reforma agrária, foram várias ocupações até que finalmente a posse da terra foi repassada do INSS para o INCRA, dando início ao projeto de assentamento. Em 23 de dezembro de 2005, as famílias estabeleceram-se na área de 104 hectares, encravada no interior de 17000 hectares de cana da Usina Ester. Desde então, tem sido árdua e permanente a luta pelo estabelecimento dos assentados em seus lotes. Construíram casas de alvenaria, roças e as benfeitorias mais diversas para garantir a produção e a reprodução de sua sobrevivência. Trata-se, portanto, de um assentamento consolidado pelo esforço sem trégua de seus moradores.