O documentário focaliza a vida das parteiras tradicionais do Estado do Amapá. Uma pesquisa feita na época da produção do vídeo revela que 918 parteiras atuam na região, que tem a maior ocorrência de partos normais do Brasil (88%). Donas de casa, pescadoras, agricultoras e extrativistas de castanha deixam seus lares para auxiliar as parturientes a dar à luz, sempre permanecendo com elas mais sete dias depois do nascimento. Recebem como pagamento um pouco de milho ou outro cereal, uma galinha caipira ou até mesmo uma pequena quantia, que pode variar de R$ 10 a R$ 40. Mas muitas se recusam a receber qualquer tipo de pagamento, pois acreditam terem sido escolhidas por Deus para a arte de “puxar barriga” e “pegar menino”. O documentário entrevista mulheres de comunidades indígenas do Oiapoque, no norte do Estado, em povoados caboclos, também na comunidade negra de Curiaú, antigo quilombo na periferia de Macapá, e ainda no arquipélago de Bailiki, na foz do rio Amazonas.
FICHA TÉCNICA
Direção: Evaldo Mocarzel
Roteiro: Evaldo Mocarzel
Produção: Ugo Giorgetti
Fotografia: Paulo Jacinto dos Reis
Duração: 72 min.
Ano: 2004
País: Brasil